terça-feira, 30 de outubro de 2012

Último discurso de Martin Luther King




Freqüentemente imagino que todos nós pensamos no dia em que seremos vitimados por aquilo que é o denominador comum e derradeiro da vida, essa alguma coisa a que chamamos morte.
Freqüentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não num sentido angustiante.
Freqüentemente pergunto a mim mesmo o que é que eu gostaria que fosse dito então, e deixo aqui com vocês a resposta.
Se vocês estiverem ao meu lado quando eu encontrar o meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral.
Se vocês conseguirem alguém para fazer a oração fúnebre, digam-lhe:



* para não falar muito;
* para não mencionar que eu tenho trezentos prêmios, isto não é importante;
* para não dizer o lugar onde estudei.

Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que

* eu tentei dar minha vida a serviço dos outros;
* eu tentei amar alguém;
* eu tentei ser honesto e caminhar com o próximo;
* eu tentei visitar os que estavam na prisão;
* eu tentei vestir um mendigo;
* eu tentei amar e servir a humanidade.

Sim, se quiserem dizer algo, digam que
EU FUI ARAUTO:

* arauto da justiça;
* arauto da paz;
* arauto do direito.

Todas as outras coisas triviais não têm importância.
Não quero deixar atrás

* nenhum dinheiro;
* coisas finas e luxuosas.

Só quero deixar atrás

* uma vida de dedicação.

E isto é tudo o que eu tenho a dizer:
SE EU PUDER

* ajudar alguém a seguir adiante;
* animar a alguém com uma canção;
* mostra a alguém o caminho certo;
* cumprir meu dever de cristão;
* levar a solução para alguém;
* divulgar a mensagem que o Senhor deixou

então,
MINHA VIDA NÃO TERÁ SIDO EM VÃO.

Martin Luther King

retirado do blog Viver e Pensar